29º Triathlon Internacional de Santos 2020
, Santos/SP
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A mobilização dos diferentes substratos energéticos durante o
exercício é um processo coordenado pelo sistema neuroendócrino, bem como por
modificações do próprio metabolismo muscular.
As corridas de 50 e 100 metros, exigem que quantidades enormes
de energia sejam produzidas num curto período de tempo e para isto, as fibras
musculares Tipo II devem ser recrutadas. O desempenho máximo é limitado pela
distribuição dos tipos de fibra e pela quantidade de fibras musculares
recrutadas, a qual é influenciada pelo tipo de motivação. Sendo assim, as fontes
primárias de energia são anaeróbicas incluindo o sistema ATP-CP (creatina
fosfato) e a via glicolítica.
Durante os primeiros 6 segundos de exercício de intensidade
máxima, a energia torna-se disponível a partir do desdobramento do ATP e CP
armazenados. A energia é quase imediatamente liberada nestas reações, sem
necessidade de oxigênio. A sobrecarga máxima destes processos fosforados pode
ser atingida pelo emprego de músculos específicos em picos máximos de esforço de
5 a 10 segundos. Pelo fato de os fosfatos de alto potencial energético
fornecerem a energia para este tipo de exercício tão intenso e intermitente,
apenas uma pequena quantidade de ácido lático será produzida e a recuperação
total será imediata.
Considerando, então, o uso dos substratos energéticos durante
exercícios intensos e exaustivos como a corrida de explosão é improvável que a
disponibilidade de glicogênio muscular caia a níveis muito baixos. Por isso,
supondo-se que a ingestão energética seja adequada e composta principalmente de
carboidratos, é improvável que a disponibilidade de carboidratos musculares
comprometa a realização de um exercício de explosão.
Vias metabólicas recrutadas:
Prova de 50m: sistema
ATP-CP
Prova 100m: ½ ATP-CP e ½ glicólise
DIETA PRÉ - EVENTO
A dieta pré-competição deve ser considerada um importante
componente do plano total de treinamento. Os objetivos dessas refeições são:
prevenir a hipoglicemia e os sintomas a ela associados; fornecer energia para um
trabalho muscular durante o treinamento e a competição; fornecer líquidos para
iniciar o exercício num estado completamente hidratado. Uma refeição
pré-competição deve considerar a duração, a intensidade, o ambiente, os
substratos recrutados, a disponibilidade de alimentos e peculiaridades
alimentares individuais. Um período de 3 horas deve ser suficiente para permitir
uma boa absorção da refeição pré-evento.
Tipo de nutriente:
A refeição deve ser composta principalmente por carboidratos e
líquidos, pois este tipo de exercício utiliza principalmente carboidrato como
combustível (glicogênio muscular). Proteínas e gorduras devem ser limitadas,
pois levam mais tempo para serem digeridas. Refeições líquidas são alternativas
aceitáveis para aqueles que apresentam histórico de desconforto gástrico ou
ansiedade pré-competição, bem como quando não há tempo para fazer refeições
sólidas.
Além disso, um tempo maior é levado para a digestão quando
exercícios intensos físicos são feitos. Isso acontece, porque os músculos
necessitam de mais sangue durante os exercícios intensos do que quando se está
em repouso. Durante um exercício pesado o estômago recebe apenas em torno de 20%
do seu fluxo normal de sangue. Como conseqüência seu processo digestivo é
lento.
Nutriente | Tempo de digestão |
Gordura | 4 a 5 horas |
Proteína | 3 a 4 horas |
Carboidratos | 2 a 3 horas (exceto os ricos em fibras que levam mais tempo) |
DIETA PÓS - EVENTO
Nas duas horas após o exercício, os músculos estão mais
receptivos à reposição do glicogênio (carboidrato armazenado nos músculos). Com
isso, a deficiência no consumo de carboidratos pode desenvolver um sério déficit
de glicogênio armazenado. O principal objetivo da refeição pós-competição é de
reidratar e repor o estoque de glicogênio nos músculos.
Imediatamente após o exercício:
Deve-se iniciar a reposição dos líquidos corporais perdidos. É
recomendada a ingestão de bebidas que forneçam carboidratos, vitaminas e
eletrólitos como: sucos de frutas e sport drinks ou alimentos ricos em
carboidratos como: pães, massas e batata assada
Aproximadamente 2 horas após o exercício:
Deve-se consumir uma refeição rica em carboidratos, incluindo
também proteínas e gorduras, assim como açúcares simples. As proteínas podem
melhorar a reposição de glicogênio nas horas iniciais, após um exercício pesado.
As proteínas, assim como os carboidratos, estimulam a insulina, que é o hormônio
responsável pelo transporte da glicose do sangue para dentro dos músculos.
Suplementação:
O fato de a depleção da creatina fosfato, poder limitar o
exercício de curta duração e alta intensidade, como a corrida de explosão, levou
a sugestão de que a ingestão de grandes quantidades de creatina pode melhorar o
desempenho do atleta, na prática do exercício. Estudos recentes revelaram que a
ingestão de grandes quantidades de creatina (15-20 gramas/dia) durante 5 dias e
depois uma manutenção de 2 gramas por dia, resulta num aumento dos estoques de
creatina fosfato nos músculos. Essa suplementação de creatina demonstrou
melhorar o desempenho durante o exercício de curta duração e de alta
intensidade. Além disso, credita-se que a ingestão de creatina jun
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