29º Triathlon Internacional de Santos 2020
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A nutrição é muito importante para os atletas, não somente para otimizar a performance durante a competição, mas também para suportar a demanda dos programas de treinamento (JERRY et al, 1997). GARCIA JÚNIOR et al (2000) citaram a importância de algumas variáveis do treinamento como: intensidade, freqüência e duração para o aprimoramento da capacidade física, porém a ansiedade por melhor desempenho, por vezes, faz com que o treinamento seja muito intenso. Este fato, aliado a períodos de recuperação insuficientes resultam em uma condição conhecida como síndrome do excesso de treinamento (overtraining), que se caracteriza numa situação extrema para o atleta, pois é caracterizado pela incapacidade de recuperação adequada após sucessivas sessões de treinamento.
Atletas em períodos de treinamento muito intenso, ou períodos de competição, são acometidos de infecções do trato respiratório superior (NIEMAN, et al., 1990, ROHDE, et al., 1996, NIEMAN, 1998), e tal fato está diretamente relacionado com a diminuição da função de células do sistema imune do atleta, prejudicando sua condição física e futuras competições, ocasionando uma acentuada queda de rendimento. A suplementação de glutamina pode ter um grande efeito no retorno de seu nível fisiológico após um exercício prolongado por exemplo (CASTELL, 2003, NIEMAN, 1997).
Na presença de um agente infeccioso, inicialmente ocorre uma resposta inflamatória, juntamente com uma resposta natural do sistema imune, e isto é associado a uma resposta adaptativa deste sistema, envolvendo linfócitos -T (derivado do timo) e linfócitos - B (derivado da medula óssea) (CASTELL, 2003). Em humanos, a concentração de glutamina é de 0,5 a 0,8 mM (BERGSTROM, et al., 1974, KREBS, 1935).
CASTELL, (2003) cita que a concentração de glutamina no plasma diminuiu cerca de 25% em corredores de endurance após uma prova de maratona. Foi observado que o número de células (neutrófilos e linfócitos), diminuem após uma competição de maratona e retorna aos níveis basais 24 horas após o final da prova. Entretanto, as células NK (morte natural), continuam em números reduzidos após 16 horas da maratona (CASTELL et al., 1997). Isto é o resultado de um exercício exaustivo e prolongado, fenômeno denominado de leucocitose. Pesquisadores compararam a concentração de glutamina plasmática em atletas de diferentes modalidades esportivas, e encontraram uma variação considerável.
Os ciclistas tinham uma alta concentração de glutamina plasmática que os outros esportes estudados, onde a menor concentração foi encontrada nos atletas de levantamento de peso. Com uma certa surpresa, os pesquisadores observaram uma correlação inversa entre concentração de glutamina plasmática e dieta protéica, onde esses atletas mesmo utilizando a suplementação de proteínas obtiveram uma concentração de glutamina mais baixa do que o grupo controle, evidenciando uma possível síndrome de overtreinamento (CASTELL, 2003, ROWBOTTOM, et al.,1996).
Sabendo que a glutamina é o aminoácido mais abundante em nosso plasma e é a principal fonte de energia das células do sistema imune (ARDAWI et al., 1983, WALSH et al., 1998), a sua suplementação pode prevenir a queda da imunidade e consequentemente, os atletas teriam menos interferências em seus treinamentos diminuindo o risco de queda de rendimento.
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