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Sua fome é física ou psicológica

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Autor: Elaine Cristina de Santa Maria Lopes
Ilustração do artigo

É muito comum encontrar nos atendimentos que faço, pacientes ou clientes que se queixam de uma “fome” súbita e incontrolável que os fazem perder o controle sobre a comida. Alguns até já me relataram uma “cegueira” ao entrar em contato com um determinado alimento ou tipo de alimento. Sei também porque já ter sentido isso na própria pele…

É normal confundirmos fome com apetite. A fome se caracteriza por determinadas demandas do organismo fisiológico. Já o apetite está mais relacionado ao desejo. Por exemplo: chegada a hora do almoço, se você se depara com um prato de comida, a reação do seu organismo será optar por se alimentar devido a necessidade. No entanto, se logo após a sua alimentação, você se depara com um bolo de chocolate com cobertura cremosa, você perceberá que não sente mais fome, e sim uma grande vontade de comer esse bolo. É muito comum a primeira reação, em ambos os casos, ser a de comer, pois se trata de uma atitude inconsciente, quase um instinto. Já comer exige mais do indivíduo pois ele precisa passar então a controlar esse instinto, tornando o ato de se alimentar uma atitude consciente. Aí que muitas pessoas falham… Por esse motivo, a fome física – aquela que sentimos geralmente nos horários das refeições e que na maioria das vezes faz nosso estômago “roncar”, muitas vezes se confunde com a fome emocional – aquele desejo incontrolável de algo que também denominamos, erroneamente, de fome.

A fome física é sentida por todos os indivíduos e justifica o combustível que temos que dar ao nosso corpo para que ele se encarregue de nossas atividades diárias, ou seja, a energia que ele precisa para o nosso dia-a-dia. Geralmente ela vem gradualmente e pode ser adiada na impossibilidade de nos alimentarmos naquele determinado momento. Já a fome psicológica (ou emocional) é sentida de forma súbita e tem urgência em ser sanada. A fome física pode ser satisfeita com qualquer tipo e quantidade de alimento. Já a fome emocional, não.  A fome emocional tende a causar desejos muito específicos, como pizza, sorvete, chocolate por exemplo. Na fome física, uma vez que sua necessidade está saciada, seu estômago sente-se cheio e não demanda mais quantidade do que ele realmente precisa para te manter em pé. Como quando vamos abastecer o carro no posto de gasolina e ele já se encontra com o tanque cheio: só voltamos para abastecer novamente quando o tanque está vazio e ele está prestes a não conseguir mais andar. Na fome psicológica, isso não acontece. Comemos e temos a sensação de que continuaríamos comendo e até mesmo uma quantidade considerada absurda! É quando ocorrem os ataques compulsivos. Desta forma, a fome física não causa sentimentos de culpa ou arrependimento. Já a fome emocional sim, o que pode acarretar em problemas posteriores ou consequências negativas como aumento de peso, obesidade e todas as comorbidades associadas: aumento da diabetes, colesterol e pressão arterial.


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Elaine Cristina de Santa Maria Lopes Psicóloga há 11 anos e Master Practitioner em Programação Neurolinguística e Coach Sistêmico. É sócia-proprietária da Soar Desenvolvimento Humano, empresa com foco em consultoria de recursos humanos, coaching e atendimento psicológico em Santos/SP – www.soar.net.br

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